Anjo da Guarda...

Gente do céu, que jogo foi esse? Assistir sozinha é bem emo, mas graças a esse jogo eu fiquei em casa e pude ajudar o meu pai em uma situação beeem difícil que aconteceu. Calma que eu vou explicar...

Como no domingo passado eu fui para o sítio de um amigo meu e me diverti pacas... Nesse domingo meu pai bateu o pé e disse que eu não sairia de casa, me revoltei também e literalmente, fiquei em casa enquanto eles foram para a casa de um tio meu. Assisti o jogo à beira da loucura e ligando para informar minha amiga de todos os gols e quando o Lúcio (quem diria, o Lúcio jogou bonito nesse jogo - q) ergueu a taça. Tá, o jogo acabou e eu não aguentava mais a minha solidão voluntária, então tranquei a casa e fui me encontrar com meus pais. Na viagem de volta, de tanto meu pai falar que eu não tinha capacidade de trazer o carro de volta, ele vinha que nem um kamikaze, jogando o fusca na frente de tudo o que se mexesse, incluindo pedestres, ônibus e carros. Buracos contam aqui, apesar da classificação. Chegamos em casa e eu fui para o meu quarto, ver quem tinha ganhado na Dança dos Famosos...kkk... Passado um tempo, minha mãe me disse que meu pai não estava aqui na frente de casa. PQP. Lá fui eu atrás do carro e o encontrei aqui perto. Ele tinha saído para comprar cerveja (nem comprou a maldita cerveja) e o carro morreu numa ladeira. Ainda tentamos empurrar (quem acredita seriamente que eu consegui?), mas nada. Voltei aqui em casa e peguei um pano úmido para resfriar a bobina - parte do motor, minha gente ¬¬ - e aí tudo aconteceu... Entreguei o pano e reparei que ele já tinha perdido o equilíbrio, começou a tropeçar e foi em direção a uma calçada alta, de um metro. Tropeçou e caiu de bruços no chão. Desacordado. E eu sozinha com ele. Comecei a gritar desesperada, dei uns tapinhas pra ver se ele acordava e nada. Gritei mais alto que eu consegui e vieram duas pessoa, corri até minha casa e trouxe minha mãe e meu tio. Quando voltei, eles já o tinham sentado e ele estava com um lado do rosto (o que estava virado para o chão) totalmente deformado, inchado. Meu coração nem batia mais de tanta preocupação, parecia que eu estava no piloto automático. Trouxemos ele para casa e eu vim guiando o fusca, com o meu tio me rebocando. Guardei-o na garagem e sentei no sofá para assistir o Garantido se apresentar no Festival - credo - mas a minha cabeça ia longe. Mil coisas passaram, inclusive o que eu faria se ele morresse. Trancaria a faculdade para arrumar um emprego e sustentar minha mãe. Adiaria ainda mais o meu sonho de fazer Psicologia, perderia tudo o que eu julgo adequado para uma jovem da minha idade como sair e curtir a idade... Nossa, mas eu me surpreendi ao constatar que minha frieza racional me ajudou. Não fiquei debruçada sobre ele chorando que nem uma desesperada, me levantei e fui atrás de ajuda. Deus está comigo. Disso eu tenho certeza.