Todo mundo já teve o sadismo de amedrontar alguém, nem que seja o irmão mais novo ou aquele ser que te pentelha horrores até que você conte o que houve com os muleques que foram frescar com a Bruxa de Blair. Eu já usei essas táticas e todas as outras por que sim, eu já fui uma menina muito malvada. Adorava fazer uma brincadeira que aqui em Manaus chamamos de Maria- Sangrenta, não sei qual é o nome que vocês dão aí. Já joguei o jogo do copo no tabuleiro, da caneta no tabuleiro...e só parei por que um belo dia eu senti um treco estranho e disse que se voltasse a fazer de novo ia virar freira. Desculpem a minha intensidade, mas eu tinha 11 anos e fiquei assustada ué! Continuando, todos já tivemos MUITA vontade de ver aquele filme de terror super bombado, mas se não tiver alguém pra nos acompanhar, não vamos nem... Eu adorava inventar histórias de terror pros meus priminhos, mas morro de medo de assistir filme de terror sozinha. Eu sei, isso é contraditório, mas fazer o quê? E o mais engraçado é que as histórias que povoavam nossa infância são interessantes até hoje. Que atire a primeira pedra quem nunca ouviu a história do Fofão, da boneca da Xuxa e da Ragatanga? Ou então a musiquinha irritante do Freddy Kruger? Ah... se disserem que não, vocês não tiveram infância! Bom gente, é só... eu resumi por que senão ia passar a noite aqui contando de todas as lendas que eu sei...e olha que são muitas!

Ps: Pensem na minha coragem escrevendo esse post sozinha no meu quarto às 22:52? aff... *_*

Ps²: Quem disser que ficou com medo dessa foto, vai ganhar meu olhar 38 (¬¬).

Meu vovô morreu. Esse foi o motivo por eu demorar mais do que o normal para postar algo e peço desculpas a todos que me acompanham, mas nesse intervalo de tempo, eu ajudei a minha mãe. Meu velhinho sofria de cancêr e, quando achávamos que ele já estava curado de um, surgiu outro...e o efeito dos dois foi devastador. Dia após dia, vi meu avô definhando cada vez mais numa cama. Acima de tudo meu velho era muito família e preferiu morrer em casa do que numa maca de hospital. E eu me pergunto: pra quê hospital se você tem 88 anos e sabe que um soro não vai lhe curar do mal que lhe aflige? A pior parte é que a minha mãe dava todo o tempo que ela tinha e o que ela não tinha também para cuidar dele... e ele morreu no dia do aniversário dela. Eu vi de perto o sofrimento dela e suas alternâncias de humor; ora forte, ora chorosa. Quando ele já estava enterrado, cantei duas músicas católicas (Noites Traiçoeiras e Meu Pensamento), pois ele sempre foi muito religioso e eu sei que ele gostou e muito. No dia da missa de 7º dia dele, cheguei da faculdade e fui direto pra igreja e, no fim da celebração, fiz a minha homenagem como neta, cantando novamente Noites Traiçoeiras. Me apeguei ainda mais a uma música que me ajudou muito quando perdi um amigo assassinado de modo vil e covarde há alguns anos atrás. Meu vô era muito gente fina, mas essa é a única certeza que temos, a da morte. No meu orkut, coloquei a letra de Cuide bem do seu amor, do Paralamas do Sucesso. É gente, é só. Essa é a homenagem ao único avô que eu tive, por que o meu avô paterno morreu quando eu era muito pequena e eu não tenho nenhuma lembrança dele.

Ai ai ai... Essa foto é a prova do que eu sou capaz de fazer para arrancar boas gargalhadas dos meus amigos. Tipo... sou filha única e quando estava na 6ª série, comecei a notar a existência de algumas pessoas da minha idade com quem eu me dava melhor do que com os meus outros colegas. E qual não foi a surpresa ao notar que nos anos escolares seguintes, elas estavam lá comigo? Ao longo do tempo, fui conhecendo outras e esse grande círculo foi crescendo mais e mais. Quando eu tive que me afastar deles, parecia que uma das metades do meu coração tinha ficado pra trás. Chorava nas aulas e fiquei muito deprimida. Mas para minha grande surpresa, os meus amigos distantes me desejavam força e perseverança e outras pessoas começaram a me ajudar também. E o círculo foi aumentando... Hoje em dia, aqueles que cresceram comigo e os que me ajudaram nos meus momentos difíceis estão me acompanhando até hoje. É por eles que eu rezo, saio da minha casa e enfrento uma hora e meia de ônibus para visitá-los, minto para a minha mãe (lógico que são aquelas mentirinhas leves ^^) e tiro fotos completamente rídiculas com eles... como essa...

O que eu já passei com eles, ninguém nunca fará uma segunda vez.

Amigos na vida, irmãos por toda a eternidade...vocês são a família que eu escolhi para mim... A minha irmandade...

"Cuide bem do seu amor, seja quem for..."

PS: Adivinhem quem sou eu nessa foto? he he he